Homily of Father Cardozo at Santa Cruz Monastery, Nova Friburgo, Brazil.
Anyone could translate it?
---------------------------------------
Queridos irmãos, queridos fiéis:
Saí de Deus e vim ao mundo. Sair de Deus. Nosso Senhor está claramente mostrando a sua divindade. Sair de Deus e não ser Deus é impossível. Cristo é Deus. Cristo, o Filho de Deus, consubstancial ao Pai. E veio ao mundo, veio ao mundo para quê? Para cuмprir o plano de redenção. Para mostrar-nos, para revelar-nos a doutrina de Deus. É por isso que a nossa santa religião é do Céu. É por isso que a nossa santa religião não é invenção humana. É por isso que ela é divina. É por isso que se não aceitarmos a nossa santa religião não alcançaremos a salvação. E é por isso que, para salvar a divindade de Cristo, para salvar a sua santa religião, é que nós devemos defender esta santa religião.
Quando na catequese, por vezes se diz às crianças - para ter uma idéia do que é Deus –, imaginem vocês que nós não podemos estar a olhar para o sol por muito tempo, não conseguimos olhar para o sol por muito tempo. E o sol, essa magnífica estrela, é uma das tantas, das tantas, que Deus criou. E se, por alguma situação pudéssemos, nós pequeninos, chegar mais perto do sol, e olhar dentro do sol, imagine esta coisa. O que seria? Fantástico! Magnífico! Ver esta massa incandescente de calor, de luz! E quando você fala essas coisas para as crianças do catecismo, as crianças abrem, abrem os olhos e consideram e pensam: que coisa grande seria chegar perto do sol! E olhar o sol de perto. Poder olhar o sol, poder olhar as entranhas mesma do sol.
Bom, se isso nos admira, como será olhar o mesmo Deus que criou o sol? O que será chegar tão perto de Deus que possamos olhar para Deus? Por isso, queridos fiéis, meditar sobre a divindade de Cristo é fantástico. É maravilhoso. E Monsenhor Lefebvre tem uma frase que me impactou muito. Monsenhor Lefebvre diz “que coisa é mais oposta à divindade de Cristo que um ato ecuмênico?” Certo! Aquela gente que faz um ato ecuмênico é por que não acredita na divindade de Cristo, não acredita. Cristo é [para eles] igual a um Buda, um Maomé, e assim por diante... e isso choca, não pode ser.
Quando alguém tem claro, quem é Cristo, a divindade de Cristo e que Cristo veio para revelar a Sua verdade, Sua doutrina. É que não encontro uma maneira de combinar essa situação. E coloco o exemplo do ecuмenismo, porque é um exemplo que tivemos há pouco tempo, em meados de outubro houve outro encontro ecuмênico em Roma e mais uma vez repetiram-se as blasfêmias contra a divindade de Cristo.
Hoje se completam 95 anos da primeira aparição de Nossa Senhora em Fátima. E por que a Santíssima Virgem em Fátima, disse à Irmã Lúcia, quando depois conta o segredo de Fátima em 13 de julho e, depois a Virgem faz uma aparição à Irmã Lúcia em Pontevedra, e lhe disse que o Papa tem que revelar o segredo em 1960? O mais tardar em 1960. Por que essa data de 1960? Por que não 1955 ou 70? Finalmente, todos os especialistas em Fátima concordam que o ano de 1960 foi o ano em que o Papa João XXIII anunciou a abertura do Concílio Vaticano II. E aí começa o grande desastre. Aí começa toda esta situação de crise na Igreja. Esta situação que leva uma dupla de bispos grandes como leões, valentes como leões - Mons. Lefebvre e Mons. de Castro Mayer -, a querer combater pela verdade, defender a verdade católica contra todo o turbilhão modernista, que a partir deste Concílio especialmente, se faz dono da Igreja, invade a Igreja de Cristo e perturba a Igreja de Cristo. Assim começa o combate pela Tradição.
Assim, chegamos aos dias de hoje, onde lamentavelmente lemos a carta do Superior Geral da Fraternidade São Pio X em resposta à carta que os três outros bispos - Mons. de Galarreta, Mons. Williamson e Mons. Tissier - escreveram para ele alertando sobre os riscos gravíssimos que está para colocar a congregação.
Se vocês lessem esta carta, iriam saber que ela tem uma semelhança terrível com a carta que Dom Gerard escreve ao Monsenhor Lefebvre defendendo o acordo que faz com Roma. Ela tem uma semelhança terrível com a carta do padre Rifan em sua época escreve defendendo suas relações com Roma. E o mesmo acontece com o padre Muñoz, Oasis, etc.
Essa carta de Mons. Fellay necessariamente nos põe na mesma circunstância em que se pôs este convento, em seu momento, de enfrentar-se este convento com o Barroux. Assim que o mesmo Mons. Fellay disse que, sim, já há uma divisão, a divisão já está feita.
Dom Tomás trouxe a mim uma carta. Eu não conhecia esta carta. Pareceu-me magnífica e muito a propósito do tempo em que vivemos.
Esta carta foi escrita por Mons. Lefebvre a Dom Tomás em 18 de agosto de 1978. E mudem [o nome] Dom Gerard e coloquem [o de] Dom Fellay e vai ser a mesma coisa.
Nesta parte Monsenhor Lefebvre diz:
“Dom Gerard, nas suas declarações, coloca o que lhe foi concedido e aceita pôr-se debaixo da obediência da Roma modernista que permanece fundamentalmente anti-tradicional, o que motivou o meu afastamento. Ele queria ao mesmo tempo guardar a amizade e o apoio dos tradicionalistas, o que é inconcebível. Ele nos acusa de “resistencialismo”. Eu bem o avisei, mas sua ação já havia sido tomada havia muito tempo e ele não quis mais escutar conselhos. As conseqüências agora são inevitáveis: mas não teremos mais nenhuma relação com Barroux e avisamos a todos os nossos fiéis para que não ajudassem mais a uma obra que a partir de agora está nas mãos de nossos inimigos, dos inimigos de nosso Senhor e de Seu Reino Universal. As irmãs beneditinas estão angustiadas. Elas vieram e eu as aconselhei o que lhes aconselho igualmente: - e isto eu sublinho - guardar”.
Em outras palavras, Monsenhor Lefebvre aconselha a Dom Tomás, (ouçamos este conselho, porque é para todos nós) «guardar sua liberdade e recusar todos os laços com esta Roma modernista».
Isto é o que devemos fazer, queridos fiéis. Que a Santíssima Virgem de Fátima nos dê a fidelidade à Santa Igreja Católica, a fidelidade ao combate pela santa Tradição, fidelidade para que possamos guardar a fé e alcançar a salvação de nossas almas. Ave Maria Puríssima.